segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O comitê Santa Mariense de Direito à Memória e à Verdade foi criado em Agosto deste ano, sendo uma parceria entre o Diretório Acadêmico do Curso de Arquivologia, o Diretório Livre do Direito e o Diretório Quilombo dos Palmares (História), embora esteja aberto para a participação de qualquer outro diretório e mesmo a comunidade em geral.

 

Nesta semana estive em Brasília para conversar com representantes de outros comitês-fóruns-coletivos sobre a participação da sociedade civil na comissão nacional da verdade. O evento foi organizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, e reuniu representantes de 25 comitês de todo o país.

 

Foram discutidas as sanções da Comissão da Verdade e da Lei do Acesso, grandes vitórias, embora ainda tenhamos muito pelo que lutar. Ainda não sabemos qual será a formação da Comissão (que terá 7 integrantes e 14 suplentes), quem serão os nomes indicados e quais os critérios utilizados para as indicações.

A partir de agora será buscada a integração entre os diferentes grupos, para que haja maior visibilidade do movimento. Foi interessante perceber a participação de jovens, uma vez que a questão da abertura dos arquivos e da construção de nova história brasileira esta sendo tratada com mais intensidade. A questão é unir as atividades acadêmicas e a integração com a sociedade fora da universidade, tema também tratado e que será buscado pelas entidades estudantis lá representadas.
A ministra Maria do Rosário esteve presente na manhã de sexta feira, conversando com os participantes. Ela destacou a importância da aprovação da lei do acesso e da comissão da verdade, além da importância da luta de quem está, desde o final da ditadura, esperando tais documentos e até mesmo corpos de parentes desaparecidos e mortos.

Para mim foi uma experiência maravilhosa, estar em uma reunião com ex-presos e perseguidos políticos, parentes de desaparecidos e mortos na repressão, tendo a oportunidade de ouvir suas histórias e estar contribuindo para a construção da verdadeira história brasileira chega a ser indescritível.





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